domingo, 23 de setembro de 2012

Cores da aura humana


Cada indivíduo possui uma emanação energética pessoal e única. Esta camada áurica revela o conteúdo moral, intelectual, emocional e comportamental do indivíduo, bem como suas oscilações de temperamento.

Quanto mais ampla em dimensão é a camada áurica, mais iluminado é o espírito. Quanto maior o seu brilho, maior seu conhecimento, cultura e intelectualidade. Quanto mais perfumada a aura, maior o sentimento de amor. E quanto maior o número de cores emitidas, maior será a aquisição definitiva do espírito.

A aura dos encarnados revela não só os aspectos acima, como principalmente o grau evolutivo no qual estagiam provisoriamente. Suas cores estão mais relacionadas às emoções e pensamentos momentâneos do que propriamente à aquisição definitiva do espírito. Portanto, nos encarnados, as cores da aura humana representarão diversos aspectos, a saber:

1. Branca: Pureza, Simplicidade, Serenidade, Harmonia e Paz Interna.

2. Verde Luminoso: simpatia, intelectualidade, euforia, alegria, controle emocional, jovialidade, empolgação e saúde física.
3. Amarelo: inteligência, cultura, dinamismo, astúcia, destreza mental e força emocional.

4. Laranja: Criatividade, sensualidade, prazer, força vital, alegria emocional, estabilidade e segurança pessoal.

5. Azul Claro: Tranquilidade, ponderação, tolerância, equilíbrio emocional perfeito, estabilidade e calma interior.

6. Violeta: Força moral, visão ampliada, profundidade, sentimentalismo elevado, prudencia, mentalismo superior, sabedoria espiritual consciente.

7. Vermelho claro e brilhante: dinamismo, energia e força física, sagacidade, atividade física, saúde e força vital, sensualidade natural, simpatia eloquente, empolgação e alegria esfusiante.

8. Rosa: amorosidade, sinceridade, meiguice, doçura, harmonia emocional, sentimento maternal e protetivo.

9. Dourada: sabedoria plena, cultura e conhecimento plenos, sensibilidade, perfeição moral, divindade.

10. Verde escuro: depressão, angústia, saúde debilitada, tristeza, vícios ( na região onde se localiza a cor), confusão mental e emocional.

11. Vermelho escuro: agressividade, sensualidade e sexualidade extremada e instintiva, imoralidade, crueldade e sadismo, raiva, ódio e irritabilidade, dor física na região onde se localiza.

12. Negra: crueldade extrema e absoluta, mentalidade inferior, baixa moral, instabilidade emocional, torpeza mental, bloqueio da receptividade a qualquer orientação, arrogância e presunção desmedida, ódio.

13. Roxo escuro: vaidade, autoritarismo, falta de escrúpulos, maledicência, insinceridade, eloquência vulgar, irredutibilidade, ganância, desejo de poder, conhecimento mágico utilizado para o mal.

14. Azul escuro: impaciência, caos emocional, confusão mental, distorção de valores, insalubridade mental e moral, demência, incapacidade cognitiva com a realidade, periculosidade, agressividade não externada.

15. Laranja escuro: libertinagem, falta de escrúpulos, comportamento instintivo, reativo e agressivo, baixa moral, personalidade escandalosa, perversão sexual e sadismo, agressividade implícita.

16. Rosa escuro: falta de amor-próprio, ciúme, insegurança, falta de autodomínio, autopunição, martírio emocional e sofrimento intenso.

17. Amarelo escuro: pouca inteligência, falta de cultura, primitivismo mental e moral, doenças de incapacidade mental tais como mongolismo e esquizofrenia, entre outras; egoísmo extremo, vaidade, orgulho, poder e força moral voltada para a autoglorificação, autoimportância e manipulação mental e moral alheia, falta de generosidade, avareza.

18. Dourado sem brilho: significa queda angélica, ou seja, espírito que galgava alta hierarquia espiritual e que sofre grande queda evolutiva por deixar aflorar antigos defeitos morais e, em experiência encarnatória, busca corrigir-se em difíceis missões dentro da humanidade. Além disso, associa-se a esta cor o mal-uso da sabedoria, o orgulho em excesso e o conhecimento não repartido.

Quanto aos desencarnados, podemos reconhecer as cores de suas emanações energéticas pela aquisição plena de determinadas virtudes, a saber:

1. Branca: purificação, bondade, fraternidade

2. Amarela: sabedoria e conhecimento parcial, controle parcial da mente inferior e equil[ibrio emocional.

3. Laranja: controle da sexualidade e do comportamento instintivo e reativo, criatividade e habilidades artísticas, vitalidade voltada para tarefas de proteção e auxílio à humanidade.

4. Vermelha: alto poder de controle mental, disciplina, força física voltada para a proteção (planetária ou pessoal); controle do instinto, agressividade moral, autoridade e dinamismo.

5. Rosa: amor purificado, amor fraternal e incondicional, harmonia, alto grau evolutivo nas escalas ascendentes, controle absoluto da mente inferior, atuação pelo chacra cardíaco ou chacra do amor, proteção e orientação superior, irradiação cósmica de amor.

6. Azul: pacifismo, harmonia, clareza mental, serenidade, sabedoria, comunicabilidade amorosa, força moral, dignidade e sinceridade.

7. Verde: dons de cura, paz, harmonia, amor fraternal, pureza emocional, conhecimento parcial, intelectualidade e inteligência descomunal. Facilidade de comunicação, Dom para lidar com as massas, pacifismo e poder de manipulação mental.

8. Violeta: alta intelectualidade e inteligência incomum, grande conhecimento, alto grau hierárquico espiritual, completo domínio mental, sobre si mesmo e alheio; poder mágico; facilidade de comunicação, vigor mental, astúcia, amor incondicioal, moral quase perfeita.

9. Dourado: divindade, perfeição moral, alta intelectualidade, conhecimento total, alto grau hierárquico de comando, superioridade moral e intelectual, sabedoria; completo domínio sobre o onstinto, a mente reativa e a emoção desregrada. São as cores dos Mestres e Mestras que interagem entre o plano divino e o humano.

Estas são apenas indicações superficiais. Num estudo mais profundo, pode-se detectar toda a história, grau evolutivo, intenção, pensamento, emotividade, pureza, sinceridade ou mesmo os diversos quadros enfermiços de um indivíduo apenas pela observação de suas emanações energéticas. Para espíritos sábios e conhecedores, basta um simples olhar apara a aura individual e, de imediato, pode-se saber absolutamente tudo a respeito de um indivíduo. Sabemos quando são verdadeiros e sinceros, ou quando mentem, escondem ou falsificam suas emoções, quando esconde de si mesmo seus defeitos e camufla sua personalidade, dentre outros atributos. Enfim, podemos saber absolutamente TUDO sobre um indivíduo apenas pelo estudo detalhado de sua aura energética, mas isso faz parte de um estudo mais vasto, complexo e profundo.

Emmanuel

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Autotransformação


Deus colocou à nossa disposição, ao alcance de nossas cogitações, a permanente possibilidade da transformação. Assim, quando quisermos, no momento em que desejarmos, poderemos livremente optar pela melhor atitude, pelo melhor sentimento, pela conduta mais harmonizada com os mecanismos invisíveis que regem o fenômeno da existência.

A possibilidade contínua de transformação é uma grande benção, capaz de retroceder o nosso passo em falso e nossos erros. Fomos criados com a potencialidade de cultivarmos a nós mesmos. Isso significa que colhemos da vida exatamente aquilo que semeamos. Nem mais, nem menos. Por isso podemos nos tornar grandiosos, muito maiores e mais felizes do que somos agora! Porém, isso depende de que nossa vontade se renda à possibilidade transformadora do momento presente, caso contrário, mais uma vez, permaneceremos na sombra da inércia existencial, nesse entediante e permanente constrangimento ao bom senso.

Como incomparável mão benevolente, estendida pela Misericórdia Divina, essa possibilidade de transformação nos aguarda, um pouco adiante, pairando soberana sobre nossa mente e coração, como se existisse uma certa pré-disposição do nosso ser, um convite permanente para a ascensão e para a glória de nossos desejos humanos.

Torna-se necessário, portanto, que passemos a refletir e a decifrar com sinceridade o que somos agora, vislumbrando aquilo que poderemos nos tornar amanhã. A transformação da nossa natureza interna requer a liberdade necessária que somente nós mesmos podemos nos conceder. Somente assim, despojados do traje gasto de nossas convicções enraizadas, vestiremos a túnica luminosa do renascimento interior, pois teremos dado o passo resoluto, com a firme certeza de que, em todos os instantes, saberemos colher a renovação.

Assim, à medida em que convivemos com a alegria da presença divina, na intimidade mais profunda de nosso ser, devemos nos aplicar em aprender a compartilhar essa alegria com aqueles necessitados de valores mais sublimes, pois eles também partilham aquisições, na única jornada do aprendizado evolutivo. Se hoje nosso entendimento da verdade alcança um vislumbre maior, ainda ontem tateávamos nas trevas do egoísmo, da pobreza e da ignorância espiritual. Todo coração é terra fértil a ser cultivada no momento devido.

Se hoje já conseguimos olhar para dentro de nós mesmos, à procura do "tesouro oculto", é porque as falsas luzes do superficialismo já não mais satisfazem nossos anseios. Portanto, façamos esforço para que nossas melhores aquisições passem, agora, a serem creditadas na conta de nossa alma. Cientes das possibilidades interiores, lembremos que nossos passos andarão vacilantes durante todo o tempo incontável em que percorreremos o caminho do verdadeiro amor. Lembremos de que os verbos saber e ser são sinônimos. Também o são aprender e ensinar, praticar e servir.

Na luta pela predominância interna da luz sobre nossas trevas, devemos aprender a cultivar o dom de recomeçar. A queda, embora deva ser deliberadamente evitada, é o véu negro dos nossos dias sombrios durante nossa passagem sobre a Terra. E queda é toda oportunidade perdida de expressar através de pensamentos, palavras e obras, o amor aos semelhantes. No entanto, ao cairmos, devemos aprender a nos reerguer acima dos nossos próprios enganos. A justiça divina infinitamente nos apresentará inúmeras oportunidades para restituirmos o mal por nós cometido, e também para empreendermos o bem não realizado. Todo o êxito estará sempre em nossa perspicácia em saber distinguir e aproveitar as oportunidades de compensação e recomeço.

E antes que o mal lance suas raízes no coração do nosso irmão, face às expressões de nossas limitações de tolerância e compreensão, não hesitemos em pedir-lhe perdão. Não temamos assumir nossa natureza falível, natural a todo ser humano, porém, continuemos reafirmando, com humildade, nosso convite ao entendimento, porque Deus certamente se encarregará do resto. Perdoar é afirmar nossa íntima disposição em compartilhar os sublimes ideais do Mestre, que agora devem passar a ser também os nossos.

Vitória e queda são duas estações onde estagiaremos transitoriamente durante a grande jornada para a iluminação de nosso ser. Aprenda a recomeçar! Na tristeza de sua queda ou na alegria de seu triunfo, Deus estará sempre contigo!

Por Cristina Lessa Cereja

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Mensagem de Mestre Jesus


Queridos Irmãos:

Quão grata satisfação vê-los hoje reunidos em tarefa assistencial, beneficiando a tantos irmãos que buscam o contato com seus queridos que aqui vivenciam outra fase vida e de experiências, no longo e infinito trajeto de nossas consciências rumo à perfeição e integração uma de nosso ser cósmico.

Obrigado! Obrigado por ouvirem a meu chamado.

Vós, filhos tão amados, tão fidedignos em vossas intenções em doarem-se em benefício de tantos. Não somente aos desencarnados e aos encarnados, mas também a nós que os orientamos, mas que conjuntamente tanto necessitamos de todos vós, para que a tarefa que nos compete exercer sobre este plano e sobre a vida de forma generalizada.

Rogo a meu Pai, que nos Céus habita, que vos abençoeis a cada passo desta trajetória de luta, que não é fácil, insisto em dizer, mas transformadora, libertadora e purificadora.

Rogo à minha mãe santíssima que os ampare, aliviando vossos corações das dores existenciais que os consomem, neste breve estágio evolutivo em que se encontram.

Peço-vos, porém, União.


Uni-vos meus filhos!

Uni-vos pelo Bem Comum.

Uni-vos pelo engrandecimento da Paz entre os homens.

Uni-vos em nome da harmonia.

Uni-vos em nome da perpetuação das Verdades Crísticas, que a todos irmana com Pureza, Compaixão e Amor, segundo as Leis irrecorríveis da Vida, que a todos conduz, impulsiona, subtrai, mas avilta as almas culpadas pelos erros de outrora; as consciências desestruturadas pelas dores eternas que as enlaçam a questões passadas, mas ainda de tanta relevância para o TODO.

Sabeis filhos, sabeis que sois tão importantes para o planeta neste momento como qualquer outro andarilho nas estradas da vida. Apenas o que há de diferenciá-los é a Vontade, impulsionada pela Força Moral, em alicerçar em definitivo vossas conquistas e compromissos prévios para comigo, para com o Pai, para consigo mesmos.

Oh Pai! Dai-vos forças para prosseguir nesta jornada-libertação!

Oh Mãe! Dai-vos vosso amor incondicional para que aprendam a perdoar e prosseguir sempre, apesar da ingratidão, da calúnia, da mentira, da insensatez.

Quero hoje dizer a todos o quanto meu coração se alegra ao vê-los reunidos em meu nome.

Assim como bem prometi, bem o cumpro. Onde existirem ao menos dois reunidos em meu nome, lá estarei. E aqui estou, reunido com todos vós, irradiando minhas palavras através da imantação do amor puro que se irradia agora de vossos corações.

Não temeis filhos, não temeis.

Nas dificuldades, oreis...

A oração é o bálsamo do coração, o medicamento de Deus para todos vós, que ainda necessitam passar pelas dores para se aprumarem perante a Grande Lei.

Não temeis as desgraças que se anunciam.

Não temeis as catástrofes e mudanças que já se iniciam pelo orbe.

Este é o momento glorioso que tanto aguardamos, em alçar este Globo de Vida a estâncias mais harmônicas, para que a Paz se estabeleça entre todos vós... Entre todos vós!

Vós, servidores desta Causa, sois meus guerreiros do Amor, presos a este corpo limitado por amor à humanidade. Assim como vós, outros, muitos outros guerreiros da Luz encontram-se viventes nesta dimensão, trazendo a Minha Palavra, forçando um pequeno desequilíbrio momentâneo para que o equilíbrio se estabeleça. Conseguem compreender a necessidade de tudo isso? Ouçam vossos corações, tranquilizem-se. Vós e todos os escolhidos hão de serem poupados e ensinados para o árduo trabalho de resgate e regeneração, para a instalação da Nova Era de Amor sobre a Terra. Por isso foram escolhidos a dedo para habitarem neste momento no plano tridimensional. Missionários ou não, pouco importa. O que importa neste momento é que cada qual cumpra a sua parte com a consciência plena e com amor incondicional.

Não vos abaleis pelas tragédias que beiram esta cidade. São necessárias para a mudança vibracional desta pequena região do Globo, que servirá de polo de resgate para muitos sofredores, em alguns anos. Por isso, mudanças que carregam consigo a intenção de higienização da egrégora local são necessárias. Por isso também a energia trazida pelo evento Unifica-ação é fundamental para alicerçar novas bases de trabalho, mais elevadas e sutilíssimas, sobre a esfera desta cidade. Portanto, não vos desanimeis com as pequenas dificuldades!

Trabalhem, trabalhem, trabalhem muito. E quando estiverdes muito cansados, oreis... e trabalhem mais e mais.

Libertai-vos filhos amados! É chegado o momento da Grande Ceia!

Libertai-vos em definitivo para que possam também experimentar a mesma alegria e êxtase de vida que há tempos vos venho falando, desde minha última passagem pelo orbe.

Vos agradeço a todos. Vos agradeço pelas dores a mim infringidas, pois lapidaram-me as últimas arestas morais que faltavam para que eu alçasse em definitivo o plano de Deus.

Muitos de vós, hoje presentes nesta sala, foram responsáveis por minha crucificação. Não falo isto para que se sintam culpados. Não! Por Deus não! Falo para que se sintam vitoriosos por estarem agora aproveitando esta oportunidade de se libertarem do imenso remorso que trazem arraigado em vossas memórias.  A vós, que tanto me feriram, como vos amo filhos queridos! Eu vos amo tanto e tanto! E perdoo-vos todas as vezes que continuarem me ferindo, seja ultrajando os meus ensinamentos, seja ferindo a um irmão, um companheiro; seja ferindo profundamente a meus entes queridos que tanto amo, alguns ainda encarnados na Terra em suas lutas libertadoras.

Creiam sempre que nesta Casa de Luz impera sempre a minha Voz, o meu comando, as minhas diretrizes. Todas as mudanças aqui ocorridas foram necessárias para purificar energeticamente esta Casa. Sob minha supervisão, a irmã Scheilla, e vossa Direção, atuam sempre com o mais irrestrito amor, correção, competência e orientação. Todas as mudanças são justas. Justas e oportunas. Aquele a quem dou, também retiro facilmente, se não estiverem seguindo as normas e diretrizes de conduta no trabalho, por mim exigidas. Sou o Amor, suave e benevolente. Mas também sou a Força e a Justiça. Julgo em nome de meu Pai, e pelo bem da obra que deve prosseguir. Atentem para isso, e se esforcem para serem leais a si mesmos, subordinados às normas e regras do trabalho: amor incondicional, amor pela causa, amor pelo próximo. Interesses pessoais não têm lugar neste Lar de Amor.

Com imenso amor, despeço-me de todos.

Teu guia, teu Mestre. Sou o Amor que a tudo constrói.

Confiem na vitória da Luz!   Não esmoreçam!

Estou sempre convosco.


Mestre Jesus Cristo

Mensagem psicografada durante sessão pública na Casa de Assistência Mãos de Luz pela médium Cristina Lessa Cereja, em 28 de Setembro de 2011

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Autoconhecimento e a busca pelo ser integral


"Dentro de cada um de nós existe um ser que precisamos conhecer. Esse conhecimento é elemento essencial para a ascensão espiritual, e é conquistado através do reconhecimento e pleno domínio de nossas qualidades e, principalmente, de nossos defeitos.

Todos nós, seres humanos encarnados aqui na Terra, nos encontramos em constante aprendizado. Todos nós nascemos com nossa parcela de ignorância, ganância, futilidade, intolerância, ira, ambição e tantos outros adjetivos que definem tão bem nosso lado sombrio. Porém, o estado de “perfeição” pessoal ao qual aspiramos não deve incluir apenas os aspectos “bons” ou “luminosos” da natureza humana, descartando de nossa personalidade os aspectos “maus” ou “sombrios”, fazendo de conta que eles não existem. Pelo contrário, muitas vezes as características negativas que deixamos de reconhecer em nós, são aquelas que inconscientemente irão controlar nossos atos e pensamentos. Por isso é tão importante reconhecer e aceitar o nosso lado sombrio, trabalhando na reformulação de nossos autoconceitos e atitudes.

O estado de perfeição humana deve integrar o ser “total”, através do equilíbrio de forças, onde cada qualidade, positiva ou negativa, tem seu lugar e está harmonicamente contida dentro de um todo. A natureza do conflito “Luz” e “Trevas” não é boa nem má; é necessária ao desenvolvimento, pois é através dela que conseguimos, eventualmente, ampliar e integrar nosso “eu” total. A dualidade humana é muito perturbadora no sentido de que aparentamos não perceber que tudo aquilo que se encontra na luz, projeta uma sombra escura. O Bem e o Mal, quer ou não existam objetivamente, são impulsos exteriores do pensamento humano consciente e inconsciente, ambos vivem dentro do indivíduo e não no mundo fora dele;  e antes de serem dois inimigos eternos, devem ser encarados e definidos como duas faces de um único indivíduo. Na verdade, aquilo que consideramos ser o “Mal” não é senão a nossa ignorância acerca dos valores do nosso “ser total “, e de nossa frequente tendência em nos retalharmos em pedacinhos, a maioria dos quais jogamos fora e acreditamos que estamos livres deles porque não os aprovamos. Por isso é tão necessário o autodescobrimento, para que possamos aprender a enquadrar construtivamente nossas qualidades negativas dentro de nós mesmos.


Boa parte deste aprendizado é obtida através dos diversos relacionamentos pelos quais passamos, sejam eles amorosos, familiares, profissionais ou amigáveis; desde o nosso nascimento, e mesmo antes dele, em nossas inúmeras vidas pregressas. Através dos relacionamentos, aprendemos a compartilhar nossas diferenças e nossas afinidades. Cada um de nós é um ser único e especial, crescemos de maneira diferente, em culturas e padrões sociais diferentes, embora possamos compartilhar e dividir o mesmo espaço. Fazemos parte de um delicado equilíbrio universal, que poderia ser afetado pelo simples fato de nossa não existência.

Por isso, o primeiro passo para o autoconhecimento é compreender que somos responsáveis por nossas ações. Tudo aquilo que acontece em nossas vidas, de bom ou de ruim, somos nós mesmos que criamos. Nada acontece sem que tenha sido idealizado e posto em movimento pelo pensamento. Durante toda a nossa vida criamos o nosso mundo de acordo com nossos padrões de pensamento, que por sua vez produzem uma realidade exterior. Misteriosamente, as experiências que enfrentamos são atraídas para nós pelo poder de nosso próprio pensamento e, embora não saibamos ao certo de que forma o interior e o exterior podem se refletir mutuamente, sabemos que isso acontece na vida de todas as pessoas. Essa é a primeira grande lição: aprender a nos tornarmos responsáveis por nossos próprios atos e por aquilo que eles criam. Precisamos acabar com essa tendência de tiramos de nossos próprios ombros a responsabilidade de nos encararmos, e de ter que condenar e corrigir nossas próprias falhas.

Por isso, a melhor forma de iniciar o autoconhecimento é refletir sobre as nossas dificultes em nos relacionar. Quando as outras pessoas se tornarem negativas em contraposição à você, pergunte-se: Porque isso acontece? Porque você necessitou estar com essa determinada pessoa naquele exato momento da sua vida? E esta pessoa, ela pode crescer através de você? Será que você não poderia ensinar a essa pessoa um caminho melhor? Encare as circunstâncias da vida como um desafio. O que pode ser aprendido através desse processo de espelho após espelho? Isso é necessário para que possamos aprender a “ver” ao invés de apenas “olhar”, para que enxerguemos a nós mesmos.

Pode ser muito cômodo, mas não é nada honesto responsabilizarmos e criticarmos os outros por aquilo que nós mesmos criamos e nos negamos a enxergar. Tudo o que é externo é sombra. Toda a verdadeira vida e realidade são internas. Por isto é imprescindível se conhecer e reconhecer, deixando de lado a necessidade de projetar nosso lado sombrio através da busca de alguém ou algo que nos complete. O autoconhecimento nos torna senhores de nossas próprias ações. Somos transformados em seres inteiros, completos em nós mesmos, e vamos aos poucos nos distanciando da ilusão do Eu para a verdade do Eu. A cada passo mais próximos da perfeição."

Por Cristina Lessa Cereja